A Cardiologia Pediátrica é a especialidade médica focada no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de doenças que afetam o coração de crianças e adolescentes. Essas doenças podem estar presentes desde o nascimento, sendo chamadas de “congênitas”, ou surgirem ao longo da vida, sendo chamadas de “adquiridas”. É importante ressaltar que, mesmo na idade adulta, casos de cardiopatia congênita podem ser acompanhados pelo cardiopediatra.
Sintomas Suspeitos de Doenças Cardíacas
Desmaio
Na linguagem médica, chama-se “síncope”. Este sintoma está presente em muitas cardiopatias, como arritmias, doenças do miocárdio, anomalias das artérias coronárias e doenças valvares. No entanto, também pode ter causas não cardíacas, como desidratação, hipoglicemia, doenças neurológicas e intoxicação.
Cansaço
Deve ser graduado de acordo com o tipo de atividade que o desencadeia, como correr, caminhar ou até mesmo durante o repouso. Em lactentes, este sintoma pode ocorrer durante a amamentação. É uma queixa comum em doenças do coração, porém pode ser desencadeada por patologias de outros sistemas, como respiratório e endócrino.
Dor no Peito
Também chamada de “precordialgia”. É importante identificar as características deste sintoma, como fatores desencadeantes, intensidade, duração e fatores de melhora. Todas essas informações contribuem para direcionar a investigação, já que há muitos diagnósticos diferenciais, como doenças cardíacas, lesões musculares, ansiedade e doenças respiratórias.
Sopros
Um cenário comum é a ausculta de sopro cardíaco durante uma consulta de rotina. Este achado pode ser consequência de alterações hemodinâmicas como anemia e febre, pode estar relacionado a cardiopatias, ou pode não ter qualquer significado clínico, como no sopro inocente. Sendo assim, é recomendada uma avaliação ecocardiográfica em todos os casos, a fim de se descartar possíveis cardiopatias.
"Coração Acelerado"
A sensação de aceleração no coração ocorre por aumento da frequência cardíaca. Primeiramente, deve-se ter em mente que há diferença nos valores considerados normais de acordo com a idade, sendo maior em recém-nascidos, e vai decrescendo à medida que a criança cresce. Alguns fatores comuns como choro, estresse e atividades físicas elevam a frequência cardíaca. Porém, há muitas patologias que podem causar este sintoma, como infecções, doenças endócrinas e doenças cardíacas, devendo ser investigadas.
Risco Cirúrgico
A avaliação cardiológica é crucial para determinar o risco dos pacientes que serão submetidos a cirurgias, procedimentos invasivos e exames que necessitem de anestesia. Nesta consulta, são realizados investigação clínica, eletrocardiograma e ecocardiograma, a fim de se identificar potenciais fatores de risco e garantir maior segurança do indivíduo durante o procedimento.
Liberação para Atividade Física
Existem determinadas cardiopatias que causam pouco ou nenhum sintoma, sendo subdiagnosticadas. Por conta disso, é necessária uma avaliação clínica, eletrocardiográfica e ecocardiográfica para descartar possíveis patologias, e prevenir intercorrências durante a atividade física.
Cardiopatias Congênitas
A cardiopatia congênita é o principal tipo de malformação fetal, acometendo cerca de 1% dos nascimentos, e sendo responsável por cerca de 10% dos óbitos fetais. Existem fatores de risco conhecidos, como síndromes genéticas, doenças infecciosas no período gestacional e uso de determinadas drogas, mas podem ocorrer ao acaso.
O tratamento é estabelecido de acordo com o tipo da cardiopatia e sua gravidade. Há malformações cardíacas passíveis de resolução espontânea ao longo do crescimento da criança, assim como outras exigem tratamento clínico e/ou cirúrgico.
As principais cardiopatias congênitas são:
• Forame oval patente
• Comunicação interatrial
• Comunicação interventricular
• Defeito do septo atrioventricular
• Persistência do canal arterial
• Janela aortopulmonar
• Transposição dos grandes vasos
• Transposição corrigida dos grandes vasos
• Truncus arteriosus
• Dupla via de saída do ventrículo direito
• Tetralogia de Fallot
• Atresia pulmonar com septo íntegro
• Atresia pulmonar com comunicação interventricular
• Anomalia de Ebstein
• Coarctação de aorta
• Interrupção do arco aórtico
• Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo
• Doenças da valva mitral
• Doenças da valva tricúspide
• Doenças da valva aórtica
• Doenças da valva pulmonar
• Drenagem anômala total de veias pulmonares
• Drenagem anômala parcial de veias pulmonares
• Anomalia das artérias coronárias
• Anel vascular
Cardiopatias Adquiridas
Algumas doenças cardíacas podem ser secundárias a diversos fatores, como genética, agentes infecciosos, doenças metabólicas e doenças autoimunes. Há casos em que não se identifica o fator causal, sendo considerados idiopáticos. Pode haver acometimento do miocárdio, do pericárdio e das artérias coronárias. Muitos desses casos evoluem com recuperação completa após tratamento adequado, porém outros podem necessitar de acompanhamento ao longo de toda a vida.
As principais cardiopatias adquiridas são:
• Miocardite
• Pericardite
• Cardiomiopatia dilatada
• Cardiomiopatia hipertrófica
• Cardiomiopatia restritiva
• Doença de Kawasaki
• Febre reumática
• Endocardite
Dislipidemia
Corresponde à alteração dos níveis de colesterol e/ou triglicerídeos, que eleva o risco de doença cardiovascular aterosclerótica. Pode ter diferentes causas, como alimentação, obesidade, diabetes tipo 2, síndrome nefrótica e herança genética. O tratamento inclui um estilo de vida saudável e, em alguns casos, terapia medicamentosa.
Cardiopatia Congênita no Adulto
O desenvolvimento científico e tecnológico nas últimas décadas, permitiu uma grande ascensão em muitos ramos da medicina, em especial nas cardiopatias congênitas. A evolução dos aparelhos de ecocardiograma trouxe a possibilidade de um diagnóstico precoce no período fetal, bem como uma avaliação ecocardiográfica mais precisa e eficaz de crianças e adultos.
Além disso, houve um importante avanço nos tratamentos clínicos, hemodinâmicos e cirúrgicos, o que levou a um melhor prognóstico dos pacientes. Por conta desses fatores, a expectativa de vida dos pacientes portadores de cardiopatia congênita vem aumentando, havendo a necessidade de acompanhamento além da infância.
A maior parte das cardiopatias congênitas são diagnosticadas na infância e adolescência. Porém, algumas podem ser assintomáticas ou pouco sintomáticas, sendo diagnosticadas mais tardiamente. A depender da cardiopatia, é necessário o acompanhamento clínico por toda a vida. Além disso, ao atingir a idade adulta, esses pacientes passam a ter novas demandas como gestação, atividades laborais e prática de esportes, que devem ser avaliados individualmente de acordo com o paciente e sua doença.
Portanto, é crucial que pacientes adultos portadores de cardiopatia congênita tenham acompanhamento com um cardiologista especialista neste assunto, permitindo uma melhor condução do caso, de acordo com as peculiaridades de cada patologia.
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